Poemas de Brinquedo
Álvaro Andrade Garcia
"Poemas de Brinquedo" é uma obra transmídia de literatura digital que combina poesia visual, som e animação para criar uma experiência interativa e lúdica. Inicialmente desenvolvida em Managana, software de publicação livre rodado em Flash, a obra foi impactada pela extinção dessa tecnologia. Atualmente, parte do conteúdo audiovisual está disponível em vídeos no YouTube, acessíveis via uma página web. Também apresentou uma versão impressa, publicada em 2016 pela editora Peirópolis.
No suporte impresso, "Poemas de Brinquedo" se apresenta como uma caixinha de surpresas, com poemas dispostos em fichas, convidando o leitor a uma brincadeira poética. Já no ambiente digital, os poemas se destacam pelo uso de sonoridade e ritmo, explorando características regionais do português brasileiro, especialmente as variantes nordestina e mineira. A performance do narrador, junto às animações tipográficas, reforça a interação entre o texto e o leitor, criando uma experiência sensorial única.
É uma obra em princípio endereçada a crianças, remetendo à tradição dos jogos de linguagem e trava-línguas, mas que encanta leitores de todas as idades. Remete ainda a outras experiências de poesia digital e visual, como a poesia concreta, que também usa a forma das palavras para gerar significado. "Poemas de Brinquedo" enriquece essa tradição ao acrescentar o componente audiovisual e a interação do usuário.
A obra está catalogada no Atlas da Literatura Digital Brasileira e foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria Infantil Digital.
Álvaro Andrade Garcia (Belo Horizonte, MG, 1961) é poeta e prosador. Com 13 livros de poesia e 3 de prosa publicados, também atua como diretor audiovisual e multimídia, criando videopoemas e poesia digital para internet, aplicativos e videoinstalações. Toda sua obra pode ser acessada em www.sitio.art.br e www. ciclope.art.br. Seus poemas foram publicados em revistas literárias e antologias, destacando-se sua participação na 49ª Bienal de Veneza (2001), com o poema “O Buda da Palavra”. Na década de 1980, criou com outros autores a Oficina Literária Informatizada, na qual veiculou videopoemas e experimentou novos formatos poéticos em rádio, tv e transporte público. Durante sua carreira, dirigiu projetos multimídia premiados, como “Cidades Históricas Brasileiras”, “Sertão Vivo” e o app poético “Grão”. Álvaro Garcia foi finalista do Prêmio Jabuti (2017), na categoria infantil digital, com "Poemas de Brinquedo" e participou de muitos e importantes projetos e antologias, incluindo o projeto "ArteLiberdade" (2020) e das antologias "Entrelinhas, Entremontes" (2020) e "Poesia Orbital" (2024). "
link da obra Poemas de Brinquedo
Categorias: Animação, Oralidade, Musicalidade, Efeitos sonoros, Vídeo, Não interação