O
Alejandro Thornton
"O" é um videopoema que explora o ponto de vista a partir do qual se formulam as linguagens e as cosmovisões que resultam em convenções sociais, culturais e até linguísticas. Uma paisagem é filmada por uma câmera, presumivelmente localizada em um veículo em movimento. A filmagem está enquadrada na letra 'O' sempre constante, como se uma antepara invariável se interpusesse a um panorama em mudança. A paisagem em questão dá uma volta de 360 graus ao longo da duração total do vídeo (1:58 minutos). Com isso, propõe uma reflexão sobre a variabilidade das perspectivas possíveis e sua aceitação ou rejeição social.
A obra remete à tradição da poesia concreta e do conceitualismo, especialmente com o uso tipográfico, mas também com o destaque à materialidade da letra 'O', como circunferência que domina a imagem e o conceito daquilo que a mudança pode produzir. Através dela, tenta operar de maneira plástica e poética sobre os acordos nas formas como nos comunicamos entre nós, mas também com os objetos e as referências que constituem nosso ambiente cotidiano para produzir singularidade e elaborar novos sentidos.
O videopoema foi projetado em: "Poets with a Vídeo Camera: Vídeopoetry 1980-2020", Surrey Art Gallery (Canadá, 2022); Film and Vídeo Poetry Symposium (Los Angeles, 2018); Fase 9 - Encuentro de Arte, Ciencia y Tecnología, Centro Cultural Recoleta (Buenos Aires, 2017); XVI Festival Internacional de Vídeopoesia VídeoBardo (Buenos Aires, 2015).
Alejandro Thornton Alejandro Thornton é licenciado em Artes Visuais, docente e pesquisador do Departamento de Artes Visuais da U.N.A. Seu trabalho em poesia visual foi publicado em diversas revistas e nas antologias “El punto Ciego” (2007), “Rastros de la Poesía Visual Argentina” (2014), “Poéticas Oblicuas. Modos de Contraescritura y torsiones fonéticas en la poesía experimental 1956-2016” (2016), “…xyzA-Cdef… Antología de Poesía Visual Argentino Catalana” (2019), “Proporción Aurea” (2023) e “Poesía Visual. Una antología argentina y brasileña” (2023). Publicou os seguintes livros: “Poemas Libres” (2022); “Aquiahoraotravoz” em conjunto com JM Calleja (2021); “Retratos de la Soledad” (2020); “Abracadabra” (2017); “15 Poemas Políticos” (2016); “Poemas Instantáneos” (Espanha, 2014); “Epistolar. Diálogos con Federico Manuel Peralta Ramos” (2013); “Problemas gráficos” (2008) e “Poesía Visual” (2007). Em 2021, ganhou o III Prêmio Internacional de Poesia Visual Paqui Jimenez Yepez (Espanha) e em 2024, o Prêmio Internacional Intemperie de Poesia Visual (Espanha).