Nube
Selva Vargas (IARA)
"Nube", de Selva Vargas, é um poema criado em Hydra.js que combina programação, movimento de textos e a voz da autora. A obra explora a materialidade gráfica como resposta ao excesso de dados na internet, utilizando figuras geométricas que interagem com versos sussurrados para imergir o espectador em um universo caótico.
O poema apresenta um conjunto de versos que se deslocam e se transformam visualmente em sincronia com a narração da autora, gerando uma experiência multissensorial que oscila entre o visual e o sonoro. Alguns de seus versos incluem: "da curso a su línea azul", "ondas de luz y radio", e a repetição de "nube, nube, nube", criando uma atmosfera de introspecção e reflexão sobre a natureza do efêmero e do intangível.
Classificada como videopoesia, "Nube" convida a repensar a relação entre linguagem e visualidade em um ambiente saturado de informações. As figuras geométricas e os versos, em sua interação constante, sugerem uma tentativa de capturar e poetizar a fragmentação e a transitoriedade próprias da era digital.
Selva Vargas é jornalista e escreve poesia. Participou de antologias poéticas nacionais e internacionais e é autora do livro "Fragmentar a pergunta ou o sentido da boca aberta" (Lumpérica, 2023). Vargas realizou projetos de poesia e arte digital sob o pseudônimo de IARA, nos quais integra a palavra, os visuais e a música eletrônica. Seu videopoema "Nube", realizado a partir de peças de vídeo e áudio com código ao vivo, foi selecionado na III Mostra de Vídeopoesia V2 versos&visuals, NUDO, festival de poesia em Tenerife e Barcelona, Espanha. Da mesma forma, participou de festivais realizados no Peru.
link da obra Nube
Outras obras:
Fragmentar la pregunta o el sentido de la boca abierta
Categorias: Código, Vídeo, Literatura autogerada