Guarida

Miki Corfiel

"Guarida" é um poema digital escrito em código. A partir da utilização artística do Hydra, gera-se uma série de imagens em movimento, em combinação com a plataforma glitch.me, permitindo a aparição do código de um modo errático e errôneo. O objetivo dessa experimentação é que o usuário descubra os usos poéticos do código, uma vez que o trabalho foca na 'vida do código'. Aqui o código está vivo e se move, se lê, está presente e foi construído com base na filosofia do software livre, permitindo criar a partir da precariedade e dos recursos mínimos.

A partir da perspectiva do artivismo, o trabalho explora o lugar dos artistas do sul global no complexo cenário político atual da região. Na prática do live coding, os tempos se rompem, se misturam entre si e permitem a criação de novos modos de viver. O trabalho pressupõe que refletir sobre as possibilidades da literatura eletrônica, por meio da programação criativa neste caso, pode ser uma grande ferramenta de luta poética, de conscientização e de ação direta.


Miki Corfiel é artista digital (live coder), artivista, poeta, narradora e educadora popular. Publicou o conto "Medianeras", o livro de poemas "Crisálida" e o fanzine "¿Somos?". Participou de performances, oficinas e peças de teatro na Argentina, Uruguai e Berlim, para Conurbeat, Festival Aura, Jauría Mutante, Manijas Percusión, Spam Arts, Fábrica Palmera, CCEBA Media Lab e Sorora.e.V. Formou-se em oficinas de escrita criativa e poesia no Argos Cultural, arte digital no Wip Arte Digital e CCEBA Media Lab. Atualmente, está se formando como docente na UDE. Em sua prática, acredita que programar também é escrever e, em seus workshops de programação criativa, busca compartilhar o que aprendeu de uma maneira acolhedora e acessível, com um foco especial em disidências sexo-genéricas.